Rabobank estima redução de 30% na produção chinesa de carne suína, Cosan aposta em infraestrutura e mais

Rabobank estima redução de 30% na produção chinesa de carne suína: Segundo a Rabobank, até 200 milhões de porcos podem ser abatidos ou mortos por infecção à medida que a peste suína africana se espalha pela China. A queda reduziria a produção chinesa de carne suína em 30% em 2019, quando comparada à 2018. Esta é a maior previsão de redução já divulgada para o surto até o momento, o que ressalta a gravidade da epidemia que atinge a China, que produz a metade de toda carne suína produzida no mundo. Isso pode trazer impactos negativos nos preços de soja e milho em todo o mundo.

Cosan aposta em infraestrutura: A Cosan, gigante da indústria sucroalcooleira, tem demonstrado pouco interesse em falar sobre açúcar e álcool, o negócio que deu origem à companhia. O conglomerado encontra-se pronto para investir em infraestrutura logística, com plano para expandir a malha de trilhos, afirma o diretor-presidente da empresa. No mês passado, a Rumo, empresa controlada pela Cosan, ganhou um primeiro leilão ferroviário para completar e operar 1.537 quilômetros da ferrovia Norte-Sul. A aposta vem conquistando os investidores e nos últimos três anos e o valor de mercado da Rumo mais do que quadruplicou.

Indústria solicita mais recursos para máquinas agrícolas: A indústria voltou a pedir ao governo mais recursos controlados para financiar a aquisição de maquinas e implementos agrícolas, diante da forte demanda dos produtores e do esgotamento do Moderfrota, principal linha de investimento com juros controlados do Plano Safra.  A tendência é que, após a Agrishow, maior feira agropecuária do país, que terá início no fim do mês em Ribeirão Preto (SP), não haja mais recursos disponíveis a taxas controladas, admitem fontes do governo. O mercado está atento ao novo plano safra (2019/2020), e seus desdobramentos.

Incertezas econômicas podem prejudicar crescimento das agroindústrias: Segundo o Índice da Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro), calculado pela FGV Agro, a agroindústria do país deve patinar em 2019, e também nos dois próximos anos, caso as reformas estruturais permaneçam sem evolução. Considerando um cenário pessimista, o PIMAgro sinaliza crescimento de apenas 0,22% para a agroindústria em 2019 e avanços de 0,16% em 2020 e de 0,1% em 2021.

O acordo entre gigantes: Recentemente o governo dos EUA apoiou, em comunicado, a filiação do Brasil à OCDE. Em troca o Brasil deve abrir mão de seu tratamento diferenciado na OMC, isso inclui prazos maiores para cumprir acordos e flexibilidade nas negociações comerciais. Para o Brasil, ser membro da OCDE reforçaria a confiança de investidores de que o Brasil é seguro para eles colocarem dinheiro, no entanto, não é uma condição necessária para receber investimentos estrangeiros, além de que países da OCDE também não podem controlar o fluxo de capitais que entram no país. Dessa forma, fica o questionamento para reflexão, será que estamos prontos para trilhar este caminho?

OMC conclui que cotas de grãos na China são inconsistentes: Em relatório, a OMC recomenda que o Órgão de Solução de Controvérsias peça à China para adaptar sua política, para que elas estejam em conformidade com os compromissos assumidos pelo Partido Comunista Chinês. O governo americano argumenta que as cotas tarifárias da China não são completamente utilizadas e acusam os chineses de aplicarem regras diferentes às estatais do país em relação às tradings não controladas pelo Estado chinês.

VBP da agropecuária brasileira é reajustado para cima: O MAPA revisou para cima a previsão do Valor Bruto da Produção (VBP) para R$ 588,8 bilhões neste ano, 0,8% mais que em 2018. O reajuste foi resultado de uma nova avaliação de produtividade de algumas culturas, principalmente do milho, do algodão e da cana-de-açúcar.  A produção pecuária também colaborou para este reajuste, em razão da alta das cotações do frango e da carne bovina. Já os preços de produtos suínos, leite e ovos declinaram em relação a 2018.