Dedo de prosa com a Escola Agro – #6

Olá, gostaríamos de compartilhar contigo algumas notícias e informações relevantes do agronegócio. Boa leitura.

 


Crescimento nos desembolsos do Banco do Brasil para a safra 2018/19: O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil divulgou que os desembolsos em crédito para a safra 2018/19 cresceram 20% entre julho e outubro deste ano quando comparado com o mesmo período de 2017. Estes números podem ser resultado da expectativa de redução na taxa de juros deste plano safra, que fez muitos produtores postergassem para o segundo semestre a contratação dos custeios, concentrando a demanda. Dado a intensidade, o vice-presidente não descartou uma eventual falta de recursos dessa linha até o fim do Plano Safra 2018/19.


Opep alerta para possível excesso de oferta de petróleo em 2019: Em relatório mensal, a Opep reduziu pela quarta vez consecutiva a demanda global por petróleo no próximo ano. Em contrapartida, as previsões para o crescimento da oferta fora da Opep em 2019 indicam volumes maiores, conforme a economia global desacelera e a oferta de produtores rivais cresce mais rápido que o esperado. Tal cenário alerta para um possível excesso de oferta, e pode indicar cortes de produção quando o grupo se reunir no próximo mês. Lembrando que existe algumas relações nas oscilações de preço das commodities, podemos imaginar que o preço do petróleo pode influenciar nos preços futuros dos grãos.


Paraná e São Paulo registram focos de ferrugem-asiática na safra da soja: O Consórcio Antiferrugem registrou 13 focos de ferrugem-asiática da soja na safra 2018/19, sendo 2 em São Paulo e 11 no Paraná. Até agora, o ambiente tem sido favorável para a infecção do fungo, com presença de molhamento foliar e por isso a orientação da Embrapa é para que os produtores das regiões onde há registro da ferrugem iniciem o controle para proteger as lavouras, uma vez que a eficiência curativa dos fungicidas atualmente disponíveis é baixa.


Vendas para o exterior é a maior em 5 anos: As exportações do Brasil devem fechar o ano com os melhores resultados desde 2013. O resultado é reflexo da guerra comercial entre a China e os EUA, que alterou o fluxo comercial entre os dois países, alavancando as vendas do Brasil para o país asiático, principalmente a soja. O cenário internacional tem sido importante para o Brasil, ainda em  lenta recuperação econômica do mercado interno, mas a sua duração é indefinida e a qualquer momento pode sofrer alterações na demanda e nos prêmios de exportação da soja brasileira, caso as duas potências voltem a se conciliar.


Produtores dos EUA sofrem com a guerra comercial: Os produtores de soja norte-americanos têm sido afetados duramente pelas taxações comerciais com a China. Cerca de 30% de toda a produção norte-americana era enviada aos chineses e agora se encontra sem destino, não restando outra opção aos produtores senão armazena-la. O reflexo disso está nos preços do grão que continuam pressionados no mercado e a falta de destinação desses estoques sugere que a situação continuará assim por um longo tempo, por isso atenção redobrada para quem trabalha com a soja!