O bom clima nas lavouras tem ajudado os produtores com os trabalhos de semeadura da soja em todo o país. Em Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, a semeadura está adiantada em relação à safra passada. O Paraná, segundo maior produtor de soja do Brasil, se vê em uma situação diferente, pois o excesso de chuvas tem prejudicado o trabalho no campo, que está 8% atrasado em relação à safra anterior. Além disso, no Paraná já foi identificado o primeiro foco de ferrugem asiática da safra 18/19, isso pode, em conjunto com os maiores índices pluviométricos, interferir na produtividade no estado. Assim, além da situação internacional, a safra 18/19 tende a ser recorde, o que deve pressionar os preços da oleaginosa internamente. Isso gera alerta para produtores que ainda não venderam parte significativa de sua safra.
Rússia anuncia que retomará as importações de carne suína e bovina de nove fornecedores brasileiros a partir de novembro. Com restrições às importações de carne brasileira desde 2017, em função do uso de ração com o aditivo ractopamina (negado pelos produtores), o país começa a confiar novamente no Brasil, após divulgação de garantias de segurança por parte do governo brasileiro. Antes, cerca de 48 frigoríficos estavam aptos para exportar para a Rússia, o bloqueio gerou um prejuízo de cerca de um bilhão à economia brasileira, entre as negociações de carne bovino e suína, mas a retomada das exportações por 9 plantas frigoríficas traz novas expectativas. Grande parceiro comercial do Brasil, a Rússia deve auxiliar na retomada das exportações do setor de carnes que vem sofrendo ao longo do último ano com diversos embargos.